Coberturas

Mais ovacionados do que a própria banda, o veículo transportando os geradores chegou, onde, após mais alguns minutos de espera, a sensação de “então que se faça luz” rolou, iluminando todo o espaço e mostrando que a noite ainda só estava começando. Nesse quesito, o pessoal da Caveira Velha realmente estava de parabéns, não deixando a peteca cair e dando os pulos e corres para fazer a noite acontecer.

Dos dias cinco a onze de março, aconteceram pelas terras do verde e amarelo cinco apresentações do tão aguardado Supercharged Worldwide In 25’, a turnê do The Offspring que prometia entregar (e, spoiler, definitivamente conseguiu) shows inesquecíveis por aqui. Com leves alterações em seu lineup para alguns estados, com menos bandas de apoio em algumas localidades, São Paulo e Curitiba foram as selecionadas para o que foi conhecido como “Punk is Coming”, um verdadeiro festival com curadoria do The Offspring que contou também com as bandas: Amyl and the Sniffers, The Warning, The Damned, Rise Against e Sublime.

Entre um abraço coletivo e uma saudação a um público que os ovacionava sem parar, fechou-se a passagem do Vapors of Morphine pelo Brasil, reforçando por completo o legado iniciado com Mark Sandman, que não só se mantém de pé, mas que vive e respira criatividade através de três músicos que, ainda que estejamos apenas no começo do ano, certamente já ingressaram para a lista das melhores performances de 2025.

Não existe um dia melhor para blasfemar do que um sábado ensolarado na cidade de São Paulo, especialmente em um local volumoso, porém intimista, como o Carioca Club. E era lá que uma tranquila fila se formava, com os fãs mais assíduos do Rotting Christ desembocando já pela manhã, dispostos a enfrentar o calor em prol da banda, que retornava ao Brasil em menos de um ano para uma grande turnê passando por dez cidades brasileiras.

Hoje, ao sermos questionados sobre bandas do Metal Extremo que tenham mulheres em suas fileiras, é viver um momento em que não só a resposta está pronta na boca, como a pluralidade de nomes, ainda que longe em contrapartida à hegemonia masculina na cena, certamente não passa despercebida, seja em qualidade como em sua crescente quantidade.

Se você, assim como eu, já é pertencente à era digital e da internet, provavelmente sintonizando na rádio K-DST em GTA: San Andreas em algum momento, enquanto fazia aquela missão de fuga, ou só instaurava o caos no jogo ao som de Hold the Line, te trago boas novas: você também sofreu influência do Toto.

Na ativa desde 1990, os americanos de Massachusetts sempre tiveram uma sonoridade que os destacou, ao mesmo tempo dividindo opiniões, justamente pela dificuldade de se colocar a banda em uma “caixinha”. Com influências que vão do Punk ao Metal, passando pelo Hardcore e Noise, a banda se popularizou com o tempo, principalmente após o lançamento de seu álbum Jane Doe (2001), no qual cresceu dentro do cenário underground.