O The Aristocrats está de volta ao Brasil após quase uma década longe dos palcos do verde e amarelo. O trio instrumental que trás um interessante prog moderno desembarca por aqui em agosto para dois shows que devem misturar técnica, humor e muita maluquice sonora.
O primeiro show rola no dia 20 de agosto em Curitiba, no Basement Cultural. Dois dias depois, no dia 22, é a vez do público de São Paulo receber o trio no Carioca Club. Ambos os shows começam às 19h.
Formado por três nomes de peso que dispensam apresentações, o The Aristocrats é o tipo de banda que reúne não só grandes currículos, mas também uma ótima química tanto na cozinha em estúdio, quanto no ao vivo. Guthrie Govan (guitarra, ex-Asia e Steven Wilson), Bryan Beller (baixo, já tocou com Joe Satriani e Steve Vai) e Marco Minnemann (bateria, que quase foi parar no Dream Theater e tocou com meio mundo do prog) não brincam em serviço.
Na turnê sul-americana, o grupo apresenta o recém-lançado Duck, disco que caiu nas graças dos fãs e da crítica como um dos mais criativos da carreira. E criatividade é algo que sobra nos álbuns da banda. Desde o debut em 2011, passando por osciladas entre flamenco, country e jazz fusion em “Culture Clash”, ou o toque cinematográfico em “Tres Caballeros”, até a ousadia de “You Know What…?”, o trio se recusa a repetir fórmulas. E “Duck” segue essa tradição com faixas como “Hey, Where's MY Drink Package?” e “This Is Not Scrotum” que misturam técnica e bom humor com uma pegada única.
Mesmo com toda a complexidade das composições, os shows do The Aristocrats estão longe de serem frios ou distantes. Pelo contrário: são recheados de improviso, feeling e aquelas interações que fazem a plateia se divertir entre um riff e outro. O trio transforma o palco num laboratório musical ao vivo, onde tudo pode acontecer.
A turnê tem produção da Sellout Tours, responsável também por trazer o Stick Figure ao Brasil em maio. Os ingressos para os shows do The Aristocrats já estão disponíveis online.
É a chance de presenciar ao vivo o caos organizado de um dos grupo virtuoso e maluco do rock instrumental. E não se engane: por trás dos nomes engraçados das músicas, há um nível de complexidade que faria qualquer conservatório chorar de alegria.